A Igreja nutre grande cuidado pela família. Ela sabe que o progresso desta instituição, básica e base, significa também o progresso social. Por isso ela promove fundamentos que permitam caminhar para a humanização da família global, uma vez que ambas as famílias, a comunidade de pessoas de uma mesma família, e a social, possuem uma sinergia íntima e comum (Colom, 1997). A família, enquanto “primeira célula da sociedade humana, permanece o âmbito primário de formação para as relações harmoniosas a todos os níveis de convivência humana, nacional e internacional” (AAS 103 [2011], p. 49)[1].
Compreende-se a importância atribuída à família como fundamento mais profundo e global. Ora, tem sido necessário reforçar o princípio básico que a família é constituída por um homem e uma mulher, que deixam pai, mãe, irmãos para se unirem, e se tornarem uma só carne (Mt 19, 5; Mc 10, 7; Ef 5, 31). Por isso a Igreja protege-a, tal como o Senhor os fez, homem e mulher (Mt 19, 4), cuja união dará frutos, os filhos, uma bênção de Deus (Sl 127, 3). “A família fundada no matrimónio, expressão de união intima e de complementaridade entre um homem e uma mulher”, consequentemente, os filhos e a educação recebida do testemunho dos pais, constitui “a primeira escola de formação e de crescimento social, cultural, moral e espiritual dos filhos (AAS 103 [2011], p. 49)[2]. Deve valorizar-se a família pois é o futuro da sociedade que está em jogo.
O Magistério procura analisar os problemas familiares munido das Escrituras. Reconhecendo a necessidade arquetípica do exemplo, em todos os âmbitos, e vigiar para que a família esteja protegida de sucessivos ataques, inclusive da atual legislação, a Igreja procura apresentar modelos para conservação e tonificação dessa instituição. E a Sagrada Família lembra-nos antes de mais que a família é sagrada, um exemplo para todos.
Pe. José Victorino de Andrade
Artigo com trechos extraídos e adaptados da tese de doutoramento do mesmo autor. Aportes da Igreja à Construção de uma Sã Laicidade. Medellín: UPB, 2013.
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[1] “[…] prima cellula della società umana, rimane l’ambito primario di formazione per relazioni armoniose a tutti i livelli di convivenza umana, nazionale e internazionale” (tradução minha)
[2] “La famiglia fondata sul matrimonio, espressione di unione intima e di complementarietà tra un uomo e una donna, si inserisce in questo contesto come la prima scuola di formazione e di crescita sociale, culturale, morale e spirituale dei figli” (tradução minha).
Referências Bibliográficas
Bento XVI. (2011c). Dies Internationalis commemoratur pro Pace promovenda: «Libertas religiosa, iter ad pacem», 8 Dez. 2010. AAS 103 [2011], 46-58.
Colom, Enrique. (1997). El estado y la promoción de la familia. In: Familia et Vita. Rivista del Pontificio Consiglio per la Famiglia, II, (3), 85-95.
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