"Na ira justificada das pessoas, a Igreja vê o reflexo da ira de Deus, traído e esbofeteado por consagrados desonestos". O Papa Francisco usou palavras duras e claras quanto a este flagelo. Ótimo! Precisamos passar das palavras aos atos. Uma purificação vai animar os bons, alertar os menos bons e extirpar os maus. Isto não significa tornar todos culpados até se provarem inocentes. Mas havendo acusações e provas concretas, que sejam exemplarmente condenados.
Deus não está na agitação
Um coração agitado, um temperamento irascível e impulsivo, até mesmo violento, pode revelar uma consciência necessitada de paz, carente de amor, afogada nas paixões, até mesmo perdida no pecado. É preciso muito discernimento para tentar auxiliar estas patologias psíquicas e espirituais, e não existem fórmulas mágicas para resolver estas questões, mas a Igreja estende aos mais carentes da Graça de Deus a experiência sanadora que é oferecida através dos seus sacramentos, mormente a confissão.
O contributo da Doutrina Social da Igreja para um autêntico progresso dos povos
O Compêndio de Doutrina Social da Igreja oferece aos homens uma orientação segura para edificação do Reino, "um corpo doutrinal atualizado, que se articula à medida em que a Igreja, dispondo da plenitude da Palavra revelada por Cristo Jesus e com a assistência do Espírito Santo , vai lendo os acontecimentos, enquanto eles se desenrolam no decurso da história”. E vê no amor recíproco entre os homens um potente instrumento de mudança pessoal e social.
A quem dar esmola?
Como ensina o Papa Francisco, o ato de caridade não é simplesmente dar uma esmola para aliviar a consciência. Mas a esmola material também se tornou hoje, mais do que nunca, uma tarefa que necessita discernimento. Não se deve alimentar os vícios daqueles que estendem a mão, mas também não se pode deixar desamparado quem realmente necessita. Não releguemos para os outros uma obrigação de cada cristão. Saiba como e a quem dar, ainda que pouco, pois o pouco de muitos se soma… e o amor de todos vence!
Um padre pode falar de política?
O fato de não se dever imiscuir a religião com a política, não tira ao sacerdote a responsabilidade de, atento aos sinais dos tempos, munido das Escrituras, orientado pelo Magistério, nortear e incentivar o rebanho, pelo qual possui responsabilidades, à participação e responsabilidade pública. Para tal, ele tem um instrumento válido e valioso, que não pertence a nenhum âmbito de uma qualquer ideologia política: a Doutrina Social da Igreja.